Neste último meio século foi crescendo a percepção de que as questões ambientais são problemas de relações internacionais.
Se, algumas dezenas de anos atrás, os temas da poluição atmosférica ou da contaminação dos solos poderiam parecer temas “domésticos”, a internacionalização dessas e de muitas outras questões tornou-se uma evidência incontornável.
Já na década de 70 se percebia que a devastação da Floresta Negra da Baviera se devia às chuvas ácidas provocadas pela poluição industrial de zonas distantes.
E na década seguinte o desastre de Chernobyl revelou com dramatismo que a nuvem radioactiva não reconhecia o traçado das fronteiras e atingia países longínquos.
Mais ainda, a dimensão dos problemas não era apenas transfronteiriça, tornava-se literalmente global: camada de ozono, alterações climáticas, negócio internacional do carbono, lixos tóxicos… Assistimos à mundialização dessa problemática.
Numa fase da história em que a humanidade tem consciência de si como um todo, a percepção de que habitamos um único ecossistema no planeta Terra contribuiu decisivamente para essa consciência.
A ecologia é um factor determinante do processo de globalização.