No fantástico Code and Other Laws of Cyberspace, o Professor L. Lessig afirma “que algo de fundamental mudou” com o ciberspaço, no que à capacidade do Estado em fazer cumprir a lei diz respeito. Por um lado a estrutura e as características do ciberespaço colocam algumas dificuldades relacionadas com a competência e a escolha da lei aplicável. Por outro, levanta dúvidas sobre o próprio conceito de soberania, como o conhecemos. Este trabalho analisa os argumentos daqueles que defendem uma regulação do ciberespaço à margem da soberania do Estado ou dentro de um novo conceito de soberania e de capacidade para fazer cumprir a lei, bem como os argumentos daqueles que rejeitam essa excepcionalidade de tratamento ao ciberespaço.
REGULAÇÃO DO CIBERESPAÇO: CESURISTAS E TRADICIONALISTAS
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Mestre em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Licenciado em Engenharia de Sistemas e Informática pela Universidade do Minho. Coordenador de Operações no Centro Nacional de Cibersegurança (Portugal).
Resumo
In the amazing Code and Other Laws of Cyberspace, Professor L. Lessig writes "that something fundamental has changed" with cyberspace with regard to the state's ability to enforce the law. On the one hand, the structure and characteristics of cyberspace pose some difficulties related to jurisdiction and the choice of applicable law. On the other, it raises questions about the very concept of sovereignty as we know it. This paper examines the arguments of those who advocate a regulation of cyberspace on the edges of state sovereignty or within a new concept of sovereignty and capacity to enforce the law, and the arguments of those who reject this exceptional treatment of cyberspace.
Palavras-chave
Como citar este artigo
Santos, Lino (2015). “Regulação do ciberespaço: cesuristas e tradicionalistas”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 6, N.º 1, Maio-Outubro 2015. Consultado [online] em data da última consulta, https://repositorio.ual.pt/handle/11144/1756
Artigo recebido em 31 Março, 2015 e aceite para publicação em 30 Abril, 2015