OBSERVARE – Observatório de Relações Exteriores
O Observatório de Relações Exteriores foi criado, em 1996, como centro de estudos em Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). Em 2010, o Observatório foi reestruturado, adotando a designação abreviada internacional de OBSERVARE. Os seus Estatutos definem-no como um centro universitário de investigação e como uma unidade orgânica da CEU – Cooperativa de Ensino Universitário, entidade instituidora da UAL, dotada de órgãos próprios. Em 2022, o OBSERVARE reorientou a sua estratégia e deixou de ser “unidade FCT”, passando alguns dos seus investigadores que são professores na UAL a ser “integrados” no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa (IPRI-Nova) e Centro de Estudos Internacionais (CEI) do ISCTE-IUL, constituindo-se aqui como “pólos” dessas Unidades I&D parceiras. Além destes, o OBSERVARE congrega outros professores da UAL e investigadores oriundos de muitas outras instituições nacionais e estrangeiras, perfazendo atualmente um total de cerca de 70 investigadores OBSERVARE, e a que se somam ainda os doutorandos em Relações Internacionais: Geopolítica e Geoeconomia da UAL com teses em elaboração.
A investigação do OBSERVARE assenta em três grandes Linhas de Investigação – Estudos de Segurança, da Paz e da Guerra; Espaços Económicos e Gestão de Recursos; e Povos e Estados: Construções e Interações – que enquadram os projetos coletivos e individuais. Os projetos de investigação são desenvolvidos, em regra, com outros parceiros, numa lógica interdisciplinar e transnacional e procurando, sempre que possível, envolver “jovens investigadores”, mestrandos e doutorandos. Entre os projetos já realizados, incluem-se os desenvolvidos em parceria ou com o apoio, além de centros de investigação nacionais e estrangeiros, entre outros, desde o Alto Representante do Secretário-Geral da ONU para a Aliança das Civilizações aos Ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros portugueses, Sapienza Università di Roma, Middle East Technical University (METU) da Turquia, Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), Instituto Camões, Norwegian Centre for Conflict Resolution (NOREF, Oslo), Institute for Peace and Security Studies (IPSS) de Adis Abeba ou Organização dos Estados Ibero-Americanos.
O OBSERVARE tem as suas próprias edições: o Anuário Janus, publicado desde 1997, numa filosofia “de especialistas para não-especialistas”; a revista científica JANUS.NET, e-journal of international relations, publicada online desde 2010, com edições semestrais e também números temáticos, pautada pelos mais exigentes padrões científicos internacionais e indexada em múltiplas redes, incluindo a Scopus; e a coleção de livros/e-books, onde se publicam resultados da investigação coletiva e individual realizada. Num espírito de abertura académica e de serviço à comunidade, as edições OBSERVARE são todas disponibilizadas online com acesso livre e gratuito.
Entre as muitas iniciativas académicas e científicas – conferências, colóquios, mesas redondas, workshops –, normalmente, também abertas a toda a Academia e ao público em geral, destacam-se os Congressos Internacionais do OBSERVARE, realizados a cada três/quatro anos e que congregam parceiros institucionais e participantes de dezenas de países, no âmbito dos quais também se instituíram os “Prémios OBSERVARE” destinados a homenagear pessoas e instituições que se destacam pelo contributo à compreensão das realidades internacionais e à resolução pacífica dos conflitos.
Além da investigação, do trabalho em parceria, da internacionalização e do serviço à comunidade, um outro pilar vital do OBSERVARE é a articulação com a formação avançada, incluindo o doutoramento em Media e Sociedade no Contexto dos Países de Língua Portuguesa do Departamento de Ciências da Comunicação da UAL e, designadamente, os cursos do Departamento de Relações Internacionais da UAL – Licenciatura, Mestrado e Doutoramento, além dos muitos cursos de estudos avançados e de especialização.
Sempre num espírito de abertura, o OBSERVARE permanece disposto a colaborar com investigadores e instituições que partilham interesses comuns de trabalho nas áreas das Relações Internacionais, seja ao nível da criatividade intelectual e do progresso científico seja em prol da dignidade humana, da solidariedade entre os povos e da paz.