Pretende-se avaliar a dupla função exercida pelos média tradicionais – Televisão, Rádio e Imprensa -, enquanto lugar de produção ideológica, assumindo-se como dispositivo de naturalização do discurso do poder, e enquanto lugar de confrontação, dando voz a projectos alternativos. Ambas as funções são ilustradas. A primeira, com aspectos ligados à cobertura mediática, nacional e internacional, da crise económica e financeira em Portugal. A segunda, com a cobertura de manifestações de contestação em Portugal e no Brasil. Conclui-se que, se os media tradicionais veiculam normas e hierarquias dominantes, acabam, também, nomeadamente pela pressão das redes sociais, por assinalar o seu desvio contribuindo, assim, mesmo se indirectamente, para uma re-significação de gentes e modos de vida.
SOBRE A DUPLA E PARADOXAL FUNÇÃO DOS MEDIA: PORTADORES DA IDEOLOGIA DOMINANTE E VEÍCULOS DO DISCURSO DISRUPTIVO
Doutorado e Agregado em Sociologia. Presidente do Conselho Científico e director do Doutoramento em Ciências da Comunicação do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (Portugal). Director de TRAJECTOS – Revista de Comunicação, Cultura e Educação. Membro do Conselho de Opinião da Rádio e Televisão de Portugal (RTP, SA).
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Como citar este artigo
Rebelo, José (2014). “Sobre a dupla e paradoxal função dos media: portadores da ideologia dominante e veículos do discurso disruptivo”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 5, N.º 2, novembro 2014-abril 2015. Consultado [online] em data da última consulta, http://hdl.handle.net/11144/792
Artigo recebido em 28 Setembro, 2014 e aceite para publicação em 24 Outubro, 2014