A Grande Guerra, as décadas conturbadas que se lhe seguem, nomeadamente a década de trinta do século XX, culminando na Segunda Guerra Mundial, e, posteriormente, a Guerra Fria, a seu modo, são momentos históricos privilegiados para se comprovar da impossibilidade de sustentar uma das imagens mais famosas das Relações Internacionais, a de anarquia internacional. A ideia de um estado de guerra ontologicamente permanente, que não fenomenologicamente, é incompatível com um mundo pejado de soberanias. Ora, estas soberanias nunca perderam o controlo político-estratégico das guerras, nem mesmo no caso dos principais conflitos do século XX. Todos esses conflitos foram estrategicamente mediados e nunca deram lugar ao reinado da guerra absoluta.
OS TRIBUNAIS DE OPINIÃO E O TRIBUNAL PERMANENTE DOS POVOS
Professor Catedrático, Diretor do Departamento de Relações Internacionais e coordenador do Mestrado em Estudos da Paz e da Guerra da Universidade Autónoma de Lisboa (Portugal) e membro do Conselho Científico. Diretor do OBSERVARE, Observatório de Relações Exteriores, integra o projeto "Cidades e Regiões: a paradiplomacia em Portugal". Foi Vice-Reitor (1992-2009) e coordenou o Instituto Sócrates para a Formação Contínua. Conferencista regular no Instituto de Defesa Nacional, leciona no Instituto de Estudos Superiores Militares.
Resumo
Palavras-chave
Como citar este artigo
Fernandes, António Horta (2015). “Os dois conflitos mundiais como ilustração da ausência de anarquia internacional”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 6, N.º 1, Maio-Outubro 2015. Consultado [online] em data da última consulta, https://repositorio.ual.pt/handle/11144/1759
Artigo recebido em 15 Fevereiro, 2015 e aceite para publicação em 15 Abril, 2015