OS GRANDES GRUPOS DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO NO MUNDO

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Doutorado e agregado em Sociologia. Professor do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa. Enviado especial e correspondente permanente em Portugal do jornal «Le Monde», de 1975 a 1991. Comendador da Ordem da Liberdade.

Resumo

Aborda-se a lógica de funcionamento dos grandes grupos mundiais de informação e de comunicação baseada em estratégias de verticalização das actividades, abrangendo os diversos segmentos do campo dos media – jornais e revistas, televisão e rádio – e alargando-se às novas tecnologias, nomeadamente telecomunicações e serviços de acesso à Internet. Verticalizados, esses grupos dispõem-se em rede através da celebração de acordos de associação ou fusão, do aprofundamento de relações comerciais, da prática de conexões inter-pessoais. Os respectivos capitais tendem a dispersar-se e a sua repartição a alterar-se constantemente, sobretudo pelo envolvimento de fundos de pensões que não descuram a ocasião de alienar património sempre que as mais valias, assim conseguidas, o justifique.
Directamente, pela força dos seus próprios produtos – os “produtos globais” que inundam o mercado mundial – e indirectamente, através da influência que exercem em seu redor, os grandes grupos de informação e comunicação constituem factor decisivo para a aceleração de processos de naturalização, a fixação de estereótipos e o agendamento de temas que irão cruzar o espaço público. É certo que o advento e a massificação de novas tecnologias ameaça, seriamente, a homogeneização, a uniformização mediática prosseguida pelos grandes grupos. Mas subsistem questões que apelam para a moderação na análise desta questão. Em, primeiro lugar, o poder que as instâncias políticas mantêm, sobretudo nos países não democráticos, de interromper a circulação de conteúdos. Em segundo lugar, a ofensiva desencadeada pelos grandes grupos de informação e de comunicação no sentido de ocuparem, eles próprios, o espaço on-line. Em terceiro lugar o excesso de informação circulante e, logo, a dificuldade ligada à necessidade de selecção e de verificação.

Aborda-se a lógica de funcionamento dos grandes grupos mundiais de informação e de comunicação baseada em estratégias de verticalização das actividades, abrangendo os diversos segmentos do campo dos media - jornais e revistas, televisão e rádio – e alargando-se às novas tecnologias, nomeadamente telecomunicações e serviços de acesso à Internet. Verticalizados, esses grupos dispõem-se em rede através da celebração de acordos de associação ou fusão, do aprofundamento de relações comerciais, da prática de conexões inter-pessoais. Os respectivos capitais tendem a dispersar-se e a sua repartição a alterar-se constantemente, sobretudo pelo envolvimento de fundos de pensões que não descuram a ocasião de alienar património sempre que as mais valias, assim conseguidas, o justifique. Directamente, pela força dos seus próprios produtos - os “produtos globais” que inundam o mercado mundial - e indirectamente, através da influência que exercem em seu redor, os grandes grupos de informação e comunicação constituem factor decisivo para a aceleração de processos de naturalização, a fixação de estereótipos e o agendamento de temas que irão cruzar o espaço público. É certo que o advento e a massificação de novas tecnologias ameaça, seriamente, a homogeneização, a uniformização mediática prosseguida pelos grandes grupos. Mas subsistem questões que apelam para a moderação na análise desta questão. Em, primeiro lugar, o poder que as instâncias políticas mantêm, sobretudo nos países não democráticos, de interromper a circulação de conteúdos. Em segundo lugar, a ofensiva desencadeada pelos grandes grupos de informação e de comunicação no sentido de ocuparem, eles próprios, o espaço on-line. Em terceiro lugar o excesso de informação circulante e, logo, a dificuldade ligada à necessidade de selecção e de verificação.

Palavras-chave

Como citar este artigo

Rebelo, José (2010) “Os grandes Grupos de Informação e de Comunicação no Mundo”. JANUS.NET e-journal of International Relations, N.º 1, Outono 2010. Consultado [online] em data da última consulta, http://hdl.handle.net/11144/481

Artigo recebido em 1 Setembro, 2010 e aceite para publicação em 1 Setembro, 2010

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