OBSERVARE
Universidade Autónoma de Lisboa
ISSN:
Vol. 1, n.º 1 (Outono 2010), pp.
OS GRANDES GRUPOS DE INFORMAÇÃO
E DE COMUNICAÇÃO NO MUNDO
José Rebelo
Doutorado e agregado em Sociologia. Professor do
Resumo
Directamente, pela força dos seus próprios produtos - os “produtos globais” que inundam o mercado mundial - e indirectamente, através da influência que exercem em seu redor, os grandes grupos de informação e comunicação constituem factor decisivo para a aceleração de processos de naturalização, a fixação de estereótipos e o agendamento de temas que irão cruzar o espaço público. É certo que o advento e a massificação de novas tecnologias ameaça, seriamente, a homogeneização, a uniformização mediática prosseguida pelos grandes grupos. Mas subsistem questões que apelam para a moderação na análise desta questão. Em, primeiro lugar, o poder que as instâncias políticas mantêm, sobretudo nos países não democráticos, de interromper a circulação de conteúdos. Em segundo lugar, a ofensiva desencadeada pelos grandes grupos de informação e de comunicação no sentido de ocuparem, eles próprios, o espaço
Rede; Transnacionalização; Naturalização; Uniformização; Digitalização
Como citar este artigo
Rebelo, José (2010) "Os grandes Grupos de Informação e de Comunicação no Mundo". JANUS.NET
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Artigo recebido em Setembro de 2010 e aceite para publicação em Setembro de 2010
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OS GRANDES GRUPOS DE INFORMAÇÃO
E DE COMUNICAÇÃO NO MUNDO
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A globalização económica, financeira e política, que marcou o virar de século, teve uma dupla incidência, ao nível dos consumos e ao nível do funcionamento do aparelho produtivo. Ao nível dos consumos, padronizando, homogeneizando vontades e estilos de vida: da grande cidade à minúscula aldeia. Ao nível do aparelho produtivo, deslocalizando as unidades fabris: tudo poderia ser produzido e tudo poderia ser comercializado em qualquer ponto do globo.
Importava, para o eficaz funcionamento do sistema, superar os constrangimentos associados à existência do
Os media iriam constituir factores decisivos para a imposição/aceitação dessa nova ordem. Para tal, deveriam, eles próprios,
1“O papel da TF1, consiste em ajudar a
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Estratégias
1. Gestão vertical
Na actualidade, os grandes grupos multimédia privilegiam uma gestão vertical, estando presentes e, frequentemente, em posição hegemónica, nos mais diversos sectores ligados à informação e à comunicação. O grupo francês Bouygues, por exemplo, detém a maioria do capital do primeiro canal, em audiência, da televisão generalista francesa, a TF1. Em 1989, abriu um canal de notícias, a LCI. Seis anos mais tarde adquiriu uma importante empresa produtora de programas televisivos de divertimento, a Glen. Em 1996 lançou a TMC vocacionada para a aquisição e exploração de direitos de transmissão de programas audiovisuais. Quatro anos depois, constituiu, com a Miramax, filial da Disney, um grupo de interesses económicos que lhe permitiu entrar no negócio da distribuição de produtos cinematográficos. Em 2003, celebrou um acordo com a Warner reforçando, assim, a sua posição neste último sector. O grupo Bertelsmann, de capitais maioritariamente alemães, lidera o mercado europeu da comunicação. Através da multiplicação de filiais assegura posições importantes no domínio da imprensa (Gruner & Jahr), da edição de livros (Randon House), da indústria gráfica (Arvato), da discografia (Gabszewicz e Sonnac, 2006:
2. Organização em rede
A prática de uma economia vertical, susceptível de garantir a omnipresença do grupo no campo dos media, implica uma organização em rede, concretizada na detenção de partes do capital noutras empresas de media, na criação de sociedades comuns, no reforço de relações comerciais, na conexão entre pessoas. Daí que a ideia de concorrência, tal como tradicionalmente é entendida, se afaste cada vez mais daquilo que, efectivamente se observa neste domínio. Acresce, o custo cada vez maior da visibilidade inerente à criação de um novo jornal ou revista, de uma nova estação de rádio ou de um novo canal de televisão. Custo incomportável para uma iniciativa independente. Quando o grupo Bertelsmann lançou, em França, a revista Télé Deux Semaines, um terço da publicidade do lançamento foi feito no canal M6, propriedade do grupo. Os restantes dois terços passaram na TF1, do grupo Bouygues, com o qual Bertelsmann tem parcerias
Prevalece, pois, uma espécie de entendimento funcional entre grandes.
Os grupos Bouygues, Berlusconi e Murdoch
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Um programa de análise política muito conhecido em França, intitulado «Le Grand Jury», é animado por três jornalistas: um do jornal diário Le Figaro que pertence ao grupo Dassault; outro da LCI, canal de televisão do grupo Bouygues; outro, ainda, da RTL, cadeia de estações de rádio propriedade de Bertelsmann. Esse programa passa em directo na RTL e na LCI e o essencial do respectivo conteúdo é publicado, no dia seguinte, no Le Figaro.
Quanto à conexão entre pessoas. Bernard Arnault, “o homem mais rico de França” como proclamam as revistas de sociedade, é CEO do grupo LVMH, iniciais das três grandes empresas que se reuniram para dar origem a um grupo gigante no sector da comercialização de artigos de luxo: Louis Vuitton, Moët e Hennessy. No palmarés do grupo existem afamadas marcas de bebidas, de roupa e de produtos de beleza como Moët & Chandon, Veuve Cliquot, Dom Pérignon, Louis Vuitton, Givenchy, Kenzo, Christian Dior, Guerlain. Mas o grupo LVMH é, igualmente, proprietário do jornal diário de informação económica, Les Echos, e de um vasto leque de publicações periódicas, da economia à cultura: La Tribune, Investir, Défis, Connaissance des Arts e Le Monde de la Musique. Ora, Bernard Arnault é membro do Conselho Fiscal do grupo Lagardère. Por sua vez, Arnaud Lagardère, é membro do Conselho de Administração de LVMH.
3. Transnacionalização
A News Corporation, de Rupert Murdoch, líder da edição de jornais diários em língua inglesa, dissemina os seus produtos pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos da América, assim como pelos continentes asiático e australiano. O grupo Vivendi, proprietário a 100% do Canal Plus, canal francês codificado com mais de doze milhões de assinantes, é detentor de 53% do capital social da principal empresa marroquina de telecomunicações, a Maroc Telecom, e, através desta, controla o capital de empresas similares no Burkina Faso, no Gabão, na Mauritânia, no Mali.
Associado ao trust
A RTL, do grupo Bertelsmann, tem participação, quase sempre maioritária, no capital social de 23 canais de televisão generalista e temática, na Alemanha, Bélgica, Luxemburgo e Hungria. Participa, igualmente, no capital de 24 estações de rádio, distribuídas por nove países europeus. O grupo Lagardère, através da sua filial
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Hachette Filipacchi Médias, é o primeiro editor mundial de newsmagazines, com 263 revistas em 39 países. Enfim, mais de metade dos 113.000 assalariados do grupo de comunicação Bouygues, trabalha fora de França.
4. Transsectorização
Uma malha fluida, difusa, de interesses imbricados, onde empresas multimédia se entrelaçam, se combinam, de forma explícita ou implícita, com outras de outra natureza, levaria o filósofo Michel Serres a reconhecer, num texto que publicou em 1988: “Constato a existência de um poder como nunca se viu em nenhuma outra sociedade […]. Mas, não sendo esse poder de natureza tipicamente material, não consigo imaginar que contrapoder se poderá levantar contra ele” (in Lefebvre, 1989).
E os exemplos
O grupo Lagardère possui 33% do capital da
Em Manufacturing Consent. The Political Economy of the Mass Media, Noam Chomsky e Edward Herman analisaram a composição dos conselhos de administração dos dez principais grupos de comunicação nos Estados Unidos: Dow Jones, Washington Post, New York Times, Time, CBS,
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5. Pulverização do capital
Os grandes grupos multimédia são geralmente identificados pelo nome do seu fundador ou principal accionista. É assim que falamos do grupo Dassault, do grupo Lagardère, do grupo Bouygues, do grupo Murdoch, do grupo Bertelsmann, do grupo Berlusconi, etc.
E tudo concorre para que os media sejam considerados como uma mera mercadoria, sujeita a um
Uniformização dos conteúdos / Naturalização do real
O quotidiano é feito de um eterno trilhar, em ziguezague, por entre problemas. Desemprego. Saúde. Habitação. Problemas que são e não são nossos problemas. São nossos problemas na medida em que nos afectam directamente, em que, deles, somos vítimas. Não são nossos problemas, na medida em que a sua génese nos é exterior.
Os grandes meios de comunicação social funcionaram, desde sempre, como motores desses processos de naturalização.
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que nos distingue, o lugar onde se manifestam contradições e lutas sociais. Mergulhando nesse “espaço social”, onde vão buscar personagens e objectos que se propõem mediatizar, os órgãos de comunicação social funcionam como transportadores/aceleradores de hierarquias ou de normas que são as hierarquias ou as normas deste ou daquele grupo social e respectivos interesses.
Dispositivo de institucionalização, consubstanciado nas operações de classificação, de ordenação e de tipificação das experiências que perdem, assim, a sua originalidade, a sua singularidade para se diluírem no interior de paradigmas exteriores aos sujeitos.
Dispositivo de explicação que inclui uma dimensão de racionalidade e uma dimensão de racionalização. Enquanto esforço racional de interpretação, sublinha Esquenazi (2002: 78), a explicação propõe argumentos passíveis de serem expostos e, portanto, refutáveis. Enquanto tentativa racionalizante, ela está ligada a um modo de vida particular e representa uma visão normativa, uma tentativa de imposição de uma ordem social específica.
Dispositivo de repetição já que, insaciavelmente repetidos nos media, “numa espécie de encantação ritual, forma esconjuratória, litania jornalística, refrão retórico” (Derrida, 2004: 134) os acontecimentos
Estrategicamente organizados segundo um modelo de gestão vertical; dispostos em rede, através de alianças, de protocolos de colaboração, de intercâmbios pessoais; demarcando zonas de implantação à escala planetária;
Contribuem pelo que dizem ou escrevem. E contribuem pelo que não dizem ou não escrevem. “Os media eliminam ‘naturalmente’ do espaço público certo tipo de factos e escolhem outros aos quais dão visibilidade”, nota
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Mesmo o Le Monde que, desde a sua fundação, em 1945, era exemplo único de empresa controlada pelos respectivos trabalhadores - jornalistas, empregados e quadros administrativos – acabou nas mãos de três importantes homens de negócios franceses que, em Junho de 2010, se dispuseram a pagar uma dívida que ascendia, já, aos 150 milhões de euros. São eles: Pierre Bergé, industrial de confecções de luxo, muito próximo do costureiro Yves Saint Lauren; Matthieu Pigasse, Vice CEO do Banco Lazard e Xavier Niel, CEO do grupo de telecomunicações francês Iliad. Assumindo o poder num jornal com o prestígio do Le Monde, coroaram, assim, projectos de entrada no campo da informação e da comunicação. Com efeito, na altura em que se dispuseram a investir no Le Monde, Pierre Bergé era já proprietário do magazine Têtu e Mattieu Pigasse do semanário Les Inrockuptibles, revista que se distingue pela irreverência com que aborda questões ligadas ao universo da música, do cinema, da literatura e da televisão. Xavier Niel, por seu lado, criara a Fundação Free oficialmente destinada a dotar todos os lares franceses de uma linha de telefónica gratuita, de um acesso gratuito à Internet, e de um serviço de antena permitindo a captação de todos os canais não codificados da televisão digital terrestre.
É, em suma, o efeito de uniformização de temas e de abordagens que transborda dos grandes grupos para contaminar todo o campo dos media.
As reacções provocadas pela tentativa de construção de uma mesquita em Lodi, população situada a uma trintena de quilómetros de Milão, são elucidativas a este respeito. A iniciativa, de um núcleo de imigrantes árabes, provocou a reacção imediata de representantes da Igreja católica e de formações políticas de direita. Um cardeal, arcebispo de Bolonha, apelou à redefinição da política imigratória italiana, de maneira a favorecer os imigrantes católicos em detrimento dos muçulmanos, considerados incompatíveis com um país historicamente votado a Cristo. Insistiu na aplicação do princípio de “reciprocidade” – “devemos receber os muçulmanos da mesma maneira que eles nos recebem a nós, cristãos” – e alertou para a “invasão” muçulmana que constituiria uma ameaça para a “identidade italiana”. A Liga do Norte, declaradamente xenófoba, baseou as suas intervenções públicas na dicotomia natural/artificial. Seria
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“natural” o comportamento “são”: a família tradicional, a religião maioritária e os bons costumes “que nos caracterizam”. Seria “artificial” o comportamento daqueles que a Liga do Norte rapidamente identificou como “comunistas” e “terroristas”. Um ministro de Berlusconi
Este o quadro referencial que serviu de ponto de partida para as diversas coberturas mediáticas. Diversas, porque protagonizadas por variados meios de informação. Mas muito semelhantes nos seus pressupostos e nos seus argumentos.
Segundo uma investigação levada a cabo pela própria rede nacional de televisão RAI, a respectiva cobertura televisiva havia privilegiado a palavra dos autóctones, ensurdecendo as razões invocadas pelos imigrantes árabes. Da mesma forma, uma análise de conteúdo às notícias e comentários publicados na ocasião por dois jornais politicamente diferenciados, o Corriere de la Sera, de direita, e o Repubblica, da esquerda moderada, revelou que, na sequência das manifestações contra o projecto de construção da Mesquita, nos primeiros dias de Outubro de 2000, o Corriere intitulou em grandes parangonas: “Missa contra a Mesquita”, “Tensão em Lodi”. Os seus textos insistiam no paradigma da “família italiana” e no “perigo do Islão”. Já o Repubblica, embora concedendo a palavra a dirigentes como Romano Prodi, defensor da laicidade do Estado e da coabitação pacífica, não deixava de referir posições como as assumidas pelo arcebispo de Bolonha.
Tirando conclusões da mediatização do acontecimento e da sua repercussão pública, Fábio Perocco, que partiu deste tema para o capítulo que assinou num livro sobre o papel das religiões na formação identitária europeia, sublinhou a confusão estabelecida entre o Islão, como religião, e o mundo muçulmano, no seu todo. Confusão que é pasto para interpretações simplistas, validando estereótipos erguidos sobre ocorrências constantemente evocadas (o caso Rushdie, o porte do tchador e a condição feminina, os rituais envolvendo sacrifício de animais, etc.). Na sua opinião, o Islão, apresentado como uma ameaça, teria funcionado como espelho onde se reflectiriam todas as questões não resolvidas da história e da política italianas, nomeadamente as questões da unidade nacional (Perocco, 2008: 153). Idêntica reflexão foi desenvolvida por Joseph Maïla que, em vésperas do debate sobre a Carta Constitucional europeia, declarou, num artigo publicado na revista Esprit: “A
O desafio das novas tecnologias
Éverdade que a Internet e o telemóvel revolucionaram o mundo da informação e da comunicação. É verdade que qualquer um de nós pode, através dos novos media, emitir e receber conteúdos. É verdade que os ecrãs do computador e do telemóvel se enchem de petições, de convocações, de mensagens. Em La
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gigantes, do GPS ao BleckBerry, da consola de jogos ao ecrã atmosférico, do ecrã de vigilância ao ecrã médico, da moldura digital ao telemóvel que se torna, ele próprio, um ecrã multifunções dando acesso não só à Internet como ao visionamento de filmes, ao GPS como à agenda digital. Um mundo de ecrãs transformado em
Mas também é verdade que os grandes grupos incluem na sua área de negócios, empresas de telecomunicações, serviços de acesso à Internet. Também é verdade que preenchem, cada vez mais, os ecrãs dos telemóveis com os seus próprios programas – desportivos, de ficção, etc. – e que, na Internet, se sucedem as edições
Éum duplo problema que se coloca. Por um lado, é um problema político e, a este nível, é de um combate que se trata no qual, as partes envolvidas, não dispõem, pelo menos por enquanto, de armas iguais. Por outro, é um problema ligado ao excesso, selecção e verificação da informação. Recorrendo, de novo, a Lipovetsky e a Serroy: “No Ocidente, a liberdade não está ameaçada pelo défice, pela censura, pela limitação, mas pela sobreinformação, a overdose, o caos. Não é a informação que falta: estamos cheios dela; o que falta é o método para que cada um se possa orientar nesta sobreabundância indiferenciada, possa alcançar um distanciamento analítico e crítico, condição indispensável à criação de sentido” (2008: 87).
Resta a questão da televisão digital terrestre, tecnologia que se deve generalizar em Portugal até ao ano de 2012. Permitirá ela a afluência de novos operadores e a produção de conteúdos inovadores? O exemplo da França não constitui bom prenúncio. Como salienta Janine Brémond (2005: 48, 49), mais de dois terços dos canais de televisão digital terrestre foram distribuídos a grupos dominantes: cinco ao grupo Vivendi (Canal Plus); seis ao grupo Bouygues (TF1); cinco ao grupo Bertelsmann (M6); três ao grupo Lagardère. Dos seis canais atribuídos a
E nada impede que o modelo prolifere.
Bibliografia Citada
Baudrillard, Jean (1983). La société de consommation – ses mythes, ses structures, Paris: Gallimard
Bourdieu, Pierre (1979). Le Sens pratique, Paris: Éditions de Minuit
Bourdieu, Pierre (1982). Ce que parler veut dire, l’économie des échanges linguistiques, Paris: Fayard
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Bourdieu, Pierre (1997). Sobre a televisão, Oeiras: Celta
Brémond, Janine (2005). “Alliances et partenariats dans la télévision privée”, in Sur la concentration des medias, Paris: Liris
Chomsky, Noam e Herman, Edward (1994). Manufacturing Consent. The Political Economy of the Mass media, Londres: Vintage
Derrida, Jacques e Habermas, Jürgen (2004). Le «concept» du 11 septembre, Dialogues à New York
Esquenazi,
Gabszewicz, Jean, Sonnac, Nathalie (2006). L’Industrie des medias, Paris: La Découverte
Gadamer,
Geuens, Geoffrey (2003). Tous Pouvoirs Confondus – Etat, Capital et Médias à l’ère de la mondialisation, Antuérpia: Editions EPO
Klein, Naomi (2002). No Logo, Lisboa: Relógio d’Água
Lipovetsky, Gilles, SERROY, Jean (2008). La
Moscovici, Serge (1981). L’Âge des Foules, Paris: Fayard
Rebelo, José (2002). O Discurso do Jornal, Lisboa: Notícias Editorial
Rebelo, José (2009). “O lugar do ‘outro’ e do ‘diferente’ nos media”, in Janus 2009, Portugal no Mundo, Lisboa: UAL/Público
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