As alterações climáticas são um fenômeno reconhecido, monitorado e pesquisado por amplos setores da comunidade científica por se apresentarem como um dos grandes desafios do século XXI. Dentro deste vasto e transdisciplinar tema será discutido como os países menos desenvolvidos (LDC) poderão se posicionar frente ao discurso hegemônico difundido pelos países do centro nas negociações do clima, sobretudo em relação à mitigação de gases estufa. Foi adotado o método indutivo a partir de estudo de caso, com recolha da informação em fontes primárias e secundárias. Por meio do entendimento de emissões históricas, justiça climática e orçamento global de carbono será debatido se os LDC realmente deverão consentir com responsabilidades para todos, mesmo que diferenciadas, já que possuem necessidades urgentes de melhorarem seus índices de desenvolvimento, sobretudo em termos de PIB e IDH. É defendido que os países do grupo LDC, cuja contribuição histórica de emissões é da ordem de 0,4% do total, devem reivindicar, para já, aumento na participação do orçamento global de carbono para fins de desenvolvimento económico e social.
LEAST DEVELOPED COUNTRIES (LDC): POR UM ORÇAMENTO GLOBAL DE CARBONO JUSTO ENTRE NAÇÕES
Aluno do Doutoramento em Relações Internacionais: Geopolítica e Geoeconomia na Universidade Autónoma de Lisboa (Portugal). Geógrafo (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (UFPA); Investigador Integrado no OBSERVARE – Observatório de Relações Exteriores da Universidade Autónoma de Lisboa.
Resumo
Palavras-chave
Como citar este artigo
Furini, Gustavo (2019). “Least Developed Countries (LDC): por um orçamento global de carbono justo entre nações”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 10, N.º 1, Maio-Outubro 2019. Consultado [online] em data da última consulta, https://doi.org/10.26619/1647-7251.10.1.6
Artigo recebido em 24 Setembro, 2018 e aceite para publicação em 2 Fevereiro, 2019