Compreender a iniciação do conflito é fundamental para o sucesso dos esforços de prevenção de conflitos. A validade dos mecanismos do modelo “Ganância e Ressentimento”, assim como a liderança e intervenções externas são testados em quatro períodos de início e intensificação do conflito em Angola. Todos os mecanismos estão presentes, mas a sua relevância relativa varia ao longo do conflito. Entre os mecanismos identificados em cada período, os mais relevantes no período da Guerra Fria são as intervenções internacionais e regionais em 1961 e 1975, e no período pós-Guerra Fria, são os factores “ganância” em 1992 (petróleo e diamantes, pobreza e capital de guerra) e a liderança da UNITA de Jonas Savimbi em 1998. O estudo de caso demonstra que a “ganância” e o “ressentimento” podem estar interligados (como em 1992) e confirma a relevância dos mecanismos de liderança e de intervenções externas.
GANÂNCIA, RESSENTIMENTO, LIDERANÇA E INTERVENÇÕES EXTERNAS NO INÍCIO E NA INTENSIFICAÇÃO DA GUERRA CIVIL EM ANGOLA
Professor Auxiliar na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL, Portugal) e investigador integrado no OBSERVARE. É doutorado pelo International Institute of Social Studies (ISS) da Erasmus University of Rotterdam (EUR) na Holanda. Foi membro da Research School in Peace and Conflict (PRIO/NTNU/UiO) na Noruega e é investigador de conflitos no Centro de Estudos Internacionais (CEI) do Instituto Universitário de Lisboa, Portugal. Tem um mestrado em Estudos sobre o Desenvolvimento pela School of Oriental and African Studies (SOAS) da University of London, assim como um diploma de pós-graduação em estudos avançados sobre África e uma licenciatura em Gestão, ambos pelo Instituto Universitário de Lisboa.
Resumo
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Como citar este artigo
Sousa, Ricardo Real P. (2016). “Ganância, ressentimento, liderança e intervenções externas no início e na intensificação da Guerra Civil em Angola”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 7, Nº. 1, Maio-Outubro de 2016. Consultado [em linha] na data da última consulta, http://hdl.handle.net/11144/2623
Artigo recebido em 16 Fevereiro, 2016 e aceite para publicação em 12 Abril, 2016