ECONOMIA E EQUILÍBRIOS DO PODER MUNDIAL NO PÓS-PANDEMIA/GUERRA

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hnmorais@gmail.com

Licenciado em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa / Instituto Superior de Economia e
Gestão (ISEG). Mestre em Economia Internacional pelo ISEG. Doutor em Relações
Internacionais: Geopolítica e Geoeconomia pela Universidade Autónoma de Lisboa.
Quadro do Banco de Portugal (Portugal), onde desempenha funções de Coordenador da Área de
Inovação e Suporte do Departamento de Mercados. Fui Consultor dos Correios de Portugal (CTT),
Presidente da Comissão Executiva e Administrador da Invesfer S.A., uma empresa do Grupo
REFER, e ainda Administrador e Diretor Executivo da CP Carga.
Professor na Universidade Autónoma de Lisboa (nos Departamentos de Ciências Económicas e
Empresariais e Relações Internacionais) e no MBA em Corporate Finance da Universidade do
Algarve. É ainda membro do Obsservatório de Relações Exteriores, OBSERVARE da UAL, onde se
tem envolvido em diversos projetos de investigação, assim como participa regularmente nas
edições do Janus – Anuário de Relçações Exteriores.

Resumo

A literatura cientifica retomou o tema da estagnação secular do crescimento económico em
meados da segunda década do século XXI, muitas décadas depois do contributo original de
Alvin Hansen.
O ressurgimento deste fenómeno é acompanhado também por alterações profundas a outros
níveis: o mundo tem-se revelado mais global, a digitalização avança e, nas Relações
Internacionais, alteram-se os instrumentos de poder e o soft power junta-se à componente
militar e económica como vértices fundamentais dos mecanismos daquele poder.
Entretanto surgiu a mais violenta pandemia em muitas décadas, que provocou perdas de
vidas inimagináveis, alterações significativas de hábitos e uma profunda recessão económica
mundial. Logo a seguir a guerra invadiu a Europa, desestabilizando o Velho Continente e tendo
repercussões muito negativas nos circuitos de distribuição e na economia mundiais.
A pandemia e a guerra reforçam uma expetativa muito negativa sobre a evolução da economia
mundial, num cenário dual em que nem todos reagem da mesma forma.
A nossa análise incide preferencialmente nos Estados Unidos e na China, atualmente as duas
grandes potências económicas. Aliás, muito provavelmente esta última se tornará a curto
prazo a maior economia mundial, embora os EUA, cientes da perda relativa da sua
supremacia, continuem a resistir nas diferentes vertentes em que essa posição cimeira pode
ser jogada.
O que se pretendeu neste artigo foi justamente avaliar até que ponto todas estas alterações
nos paradigmas da geoeconomia, com a ascensão da China ao topo da pirâmide mundial,
acompanhada por um fenómeno dual, isto é, uma aparente estagnação muito longa do
crescimento económico mundial nas economias avançadas e a manutenção de crescimento
económico sólido nos mercados emergentes, pode vir a alterar os equilíbrios do poder
mundial.
E esta eventual alteração, parece-nos, passará provavelmente por um reforço da posição da
China e pela perda da potência ainda dominante, os EUA.

The scientific literature has taken up the theme of secular stagnation of economic growth again in the middle of the second decade of the 21st century, many decades after Alvin Hansen's original contribution. The resurgence of this phenomenon is also accompanied by profound changes at other levels: the world has become more global, digitization is advancing and, in International Relations, the instruments of power change and soft power joins the military and economy components as the fundamental vertices of power. Meanwhile, a violent pandemic emerged, causing unimaginable loss of life, significant changes in habits and a deep worldwide economic recession. Soon after, war invaded Europe, destabilizing the Old Continent and having very negative repercussions on distribution channels and the world economy. The pandemic and the war reinforce a very negative expectation about the evolution of the world economy, in a dual scenario in which not everyone reacts in the same way. Our analysis focuses mainly on the United States and China, currently the two major economic powers. In fact, the latter will most likely become the world's largest economy in the short term, although the US, aware of the relative loss of its supremacy, continues to resist in different ways in which this top position can be played. The aim of this article is to assess to what extent all these changes in the paradigms of geoeconomics, with the rise of China to the top of the world pyramid, accompanied by a dual phenomenon, that is, an apparent long stagnation of world economic growth in the advanced economies and the maintenance of solid economic growth in emerging markets, may change the balances of world power. And this eventual change, it seems to us, will probably involve a strengthening of China's position and the loss of the still dominant power, the USA.7+-

Palavras-chave

Como citar este artigo

Morais, Henrique (2022). Economia e equlíbrios do poder mundial no pós-pandemia/guerra.
Janus.net, e-journal of international relations, Vol13 N2, Novembro 2022-Abril 2023. Consultado
[em linha] em data da última consulta, https://doi.org/10.26619/1647-7251.13.2.11

Artigo recebido em 23 Agosto, 2022 e aceite para publicação em 15 Setembro, 2022

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e-ISSN: 1647-7251

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