DESAFIOS EPISTEMOLÓGICOS DA GLOBALIZAÇÃO PARA O PENSAMENTO VESTEFALIANO DENTRO DA COMUNIDADE INTERNACIONAL

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borjana_alexandrova@hotmail.com

Doutorada pela Universidade de Munique, 2008; Professora Assistente Sénior em Relações Internacionais na Universidade de Sófia “St. Kliment Ohridski” (Bulgária); atualmente, os seus interesses de investigação incluem: transformações históricas das estruturas estatais e internacionais, globalização, transnacionalização, teorias das relações internacionais, conflitos internacionais. Atividade académica: leciona o curso universitário Globalização e Relações Internacionais; dá seminários sobre Teoria das Relações Internacionais, Teoria da Política Externa, Teoria das Negociações Internacionais e um seminário introdutório sobre Relações Internacionais para estudantes de direito.

Resumo

Da perspetiva crítica do conceito de “emancipação humana”, a globalização representa um desafio histórico importante para o realismo, liberalismo e marxismo. No entanto, não devem ser ignorados em nenhum debate teórico sobre globalização nas RI. Sem negligenciar as nuances de cada uma das três escolas de pensamento, podemos dizer que tendem a ver o mundo globalizado através das lentes da ordem Vestefaliana. Pelo contrário, estamos a assistir à (re)emergência de uma heterogeneidade espacial, funcional, e de poder que se situa além, entre, e dentro dos estados-nação da atualidade. Podemos, em particular, atribuir as lacunas epistemológicas das três subdivisões das RI em termos de globalização no seu tratamento de cinco questões principais: território, atores, inter-relação entre esfera pública e privada, previsibilidade e interdisciplinaridade. Nesse sentido, o debate crítico sobre a globalização não pode e não deve ser restrito a questões conceitualizadas explicitamente sob a bandeira da “democracia nacional”, “segurança nacional” ou “bem-estar nacional”, mas deve urgentemente comprometer-se com as diferentes manifestações espaciais, assim como com instrumentos estatais e não estatais, públicos e privados, para encorajar a proliferação da interconectividade transnacional e da “imprevisibilidade”. É nessa base que as eventuais sinergias úteis entre as três teorias convencionais, e entre elas e as correntes refletiva e construtivista dos anos 80 e 90, devem ser procuradas.

From the critical perspective of the concept of “human emancipation” globalization represents an important historical challenge to realism, liberalism and Marxism. Nevertheless, they are not to be ignored in any theoretical debate about globalization in IR. Without neglecting the nuances in each of the three schools of thought we can say that they tend to view the globalizing world through the lenses of the Westphalian order. To the contrary, we are witnessing the (re)emergence of a spatial, power and functional heterogeneity beyond, between and within nation-states today. We can particularly attribute the epistemological gaps of the three IR subdivisions in terms of globalization to their handling of five main issues: territory, actors, interrelation between public and private sphere, predictability, interdisciplinarity. In this sense, a critical globalization debate cannot and should not be restricted to issues conceptualized explicitly under the banner of “national democracy”, “national security” or “national welfare” but must be urgently engaged with the different spatial manifestations as well as state and non-state, public and private instruments for the proliferation of transnational interconnectedness and “unpredictability”. It is on this basis that eventual fruitful synergies between the three conventional theories, and between them and the reflectivist and constructivist streams of the 1980s and 1990s are to be sought.

Palavras-chave

Como citar este artigo

Aleksandrova, Boryana (2018). “Epistemological challenges ofglobalization to the Westphalian thinking within international relations”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 9, Nº. 1, May-October 2018. Consulted [online] on the date of last consultation, DOI: https://doi.org/10.26619/1647-7251.9.1.1

Artigo recebido em 18 Agosto, 2017 e aceite para publicação em 11 Janeiro, 2018

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