O conceito de assemblages globais de segurança (os conjuntos de segurança global, com uma década de existência, têm sido uma ferramenta útil para explicar grande parte da colaboração securitária atípica entre entidades públicas e privadas, melhorando bastante a nossa compreensão da colaboração entre forças de segurança públicas e privadas, que até então eram vistas principalmente através do paradigma civil-militar. Através da expansão de cenários onde se observaram as forças de segurança privadas (de forma a incluir ambientes não considerados em guerra ou em paz, mas num plano intermédio), as assemblages globais de segurança demonstraram, em inúmeras ocasiões, ser exemplos em que a cooperação entre forças públicas e privadas pode contribuir para a melhoria do ambiente de segurança global. Assim, até onde podemos alargar esse conceito? As entidades privadas operam em vários locais e contextos, e o conceito pode ser uma ferramenta limitada para entender o seu contributo para alcançar um ambiente mais estável. Foi definido para ser usado em ambientes pacíficos, mas será possível alarga-lo a ambientes instáveis, em cenários de segurança imprevisíveis? Este artigo analisa a forma como o conceito foi usado e aplicado até o momento, o contexto em que pode ser e foi aplicado e traça as limitações à sua utilização.
ASSEMBLAGES GLOBAIS DE SEGURANÇA: MAPEANDO O CAMPO*
Investigadora Pós-Doutoramento na Universidade do Porto e Examinadora Externa do Programa Diploma em Política Global da International Baccalaureate Organization. É doutorada em política internacional e resolução de conflitos pela Universidade de Coimbra. A sua área de especialização inclui governança da segurança privada, regulamentação de empresas de segurança privada e dinâmica entre forças militares e de segurança pública e privada. A sua publicação mais recente é Regulating US Private Security Contractors, publicada em 2019 pela Palgrave Macmillan.
Resumo
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Como citar este artigo
Ranito, Jovana Jezdimirovic (2019). “Assemblages globais de segurança: mapeando o campo”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 10, N.º 2, Novembro 2019-Abril 2020. Consultado [online] em data da última consulta, https://doi.org/10.26619/1647-7251.10.2.5
Artigo recebido em 29 Novembro, 2018 e aceite para publicação em 17 Maio, 2019