Ao perfazer 100 anos de actividade, o Partido Comunista da China (PCC) evidencia e projeta um modelo singular de desenvolvimento político e social. Tomando por inspiração metodológica a proposta de Samuel P. Huntington para o estudo do fenómeno político, designadamente quanto à adaptabilidade da sede do poder, procuraremos focar algumas das variáveis que justificarão a perenidade do PCC. A cultura e a ideologia dinamizam um processo evolutivo sem paralelo nos quadros sistémicos convencionais, legitimado por um figurino com intrínsecas características chinesas. O aparente excecionalismo chinês, baseado numa forte visão nacionalista, é veiculado através de uma “nova era” transformacional. As correntes académicas ocidentais denotam dificuldade em enquadrarem este fenómeno com implicações globais.
A RESILIÊNCIA DO PARTIDO COMUNISTA DA CHINA
Doutorado em Relações Internacionais, é investigador integrado no Instituto do Oriente (ISCSP/Universidade de Lisboa, Portugal). Autor de vários livros sobre geopolítica da China, incluindo: China: Cooperação e Conflito na Questão de Taiwan (2010), A Hora do Dragão – Política Externa da China (2012), China na Grande Guerra – A Conquista da Nova Identidade Internacional (2014) e China`s Techno-Nationalism in the Global Era – Strategic Implications for Europe (2016). Tem vários artigos publicados em revistas, nacionais e estrangeiras, na área da geopolítica da Ásia-Pacífico.
Resumo
Palavras-chave
Como citar este artigo
Cunha, Luís (2022). A resiliência do Partido Comunista da China. In Janus.net, e-journal of international relations. Vol. 13, Nº 1, Maio-Outubro 2022. Consultado [em linha] em data da última consulta, https://doi.org/10.26619/1647-7251.13.1.3
Artigo recebido em 10 Maio, 2021 e aceite para publicação em 9 Setembro, 2021