A ESTRATÉGIA DA UNIÃO EUROPEIA DE AQUISIÇÃO DE VACINAS PARA A PANDEMIA COVID-19

»

filipe.guerra@ua.pt

Jurista. Doutorando em Políticas Públicas no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do
Território da Universidade de Aveiro (Portugal). É Mestre em Administração e Gestão Pública pela
Universidade de Aveiro e ainda Licenciado em Direito pela Universidade Lusíada do Porto

Resumo

Este artigo apresenta e analisa a estratégia da União Europeia (UE) para a aquisição de
vacinas, no âmbito da pandemia Covid-19, nomeadamente as opções dos seus decisores
políticos, o modelo de negociação com a indústria farmacêutica, os diversos momentos chave
ao longo do processo, incluindo nas suas conclusões referencias à articulação dessa estratégia
com os compromissos assumidos pela UE junto de outras entidades como a Organização
Mundial de Saúde (OMS) e a iniciativa internacional COVAX.
A partir da investigação realizada, sustentada através da diversa literatura já existente, dos
anúncios públicos e de declarações dos principais responsáveis políticos, verifica-se que a UE
desenvolveu uma estratégia de aquisição de vacinas exclusivamente através da
contratualização junto de grupos farmacêuticos internacionais, de acordo com o modelo de
Parceria Público-Privada (PPP), assumindo as suas eventuais vantagens e riscos.
Ao longo do processo de aquisição e distribuição das vacinas, verificaram-se dificuldades de
coordenação entre as instituições europeias e os Estados-membros, atrasos nas entregas e
dificuldades na gestão e distribuição das vacinas disponíveis, a par de suspeições em torno
do modelo negocial escolhido. Registou-se ainda, no âmbito da iniciativa COVAX, dificuldades
de compatibilização entre os compromissos de participação da União Europeia e a sua
execução.

Este artigo apresenta e analisa a estratégia da União Europeia (UE) para a aquisição de vacinas, no âmbito da pandemia Covid-19, nomeadamente as opções dos seus decisores políticos, o modelo de negociação com a indústria farmacêutica, os diversos momentos chave ao longo do processo, incluindo nas suas conclusões referencias à articulação dessa estratégia com os compromissos assumidos pela UE junto de outras entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a iniciativa internacional COVAX. A partir da investigação realizada, sustentada através da diversa literatura já existente, dos anúncios públicos e de declarações dos principais responsáveis políticos, verifica-se que a UE desenvolveu uma estratégia de aquisição de vacinas exclusivamente através da contratualização junto de grupos farmacêuticos internacionais, de acordo com o modelo de Parceria Público-Privada (PPP), assumindo as suas eventuais vantagens e riscos. Ao longo do processo de aquisição e distribuição das vacinas, verificaram-se dificuldades de coordenação entre as instituições europeias e os Estados-membros, atrasos nas entregas e dificuldades na gestão e distribuição das vacinas disponíveis, a par de suspeições em torno do modelo negocial escolhido. Registou-se ainda, no âmbito da iniciativa COVAX, dificuldades de compatibilização entre os compromissos de participação da União Europeia e a sua execução.

Palavras-chave

Como citar este artigo

Este artigo apresenta e analisa a estratégia da União Europeia (UE) para a aquisição de
vacinas, no âmbito da pandemia Covid-19, nomeadamente as opções dos seus decisores
políticos, o modelo de negociação com a indústria farmacêutica, os diversos momentos chave
ao longo do processo, incluindo nas suas conclusões referencias à articulação dessa estratégia
com os compromissos assumidos pela UE junto de outras entidades como a Organização
Mundial de Saúde (OMS) e a iniciativa internacional COVAX.
A partir da investigação realizada, sustentada através da diversa literatura já existente, dos
anúncios públicos e de declarações dos principais responsáveis políticos, verifica-se que a UE
desenvolveu uma estratégia de aquisição de vacinas exclusivamente através da
contratualização junto de grupos farmacêuticos internacionais, de acordo com o modelo de
Parceria Público-Privada (PPP), assumindo as suas eventuais vantagens e riscos.
Ao longo do processo de aquisição e distribuição das vacinas, verificaram-se dificuldades de
coordenação entre as instituições europeias e os Estados-membros, atrasos nas entregas e
dificuldades na gestão e distribuição das vacinas disponíveis, a par de suspeições em torno
do modelo negocial escolhido. Registou-se ainda, no âmbito da iniciativa COVAX, dificuldades
de compatibilização entre os compromissos de participação da União Europeia e a sua
execução.

Article received on 27 January, 2022 and accepted for publication on 13 September, 2022

JANUS.NET

e-ISSN: 1647-7251

ERC: 126 867
Portugal

Periodicity: semiannual
© Of the issue: OBSERVARE
© Of the texts: the authors

EDITORIAL BOARD

Director:
Luís Tomé
Deputy Director:
Brígida Brito

Property

Cooperativa de Ensino Universitário
Rua de Santa Marta 47, 3º
1150-293 LISBOA
NIPC: 501641238

INTERNATIONAL INDEXING

NATIONAL RECOGNITION

SCOPUS
BOC
DIALNET
BOC
SCOPUS
SCOPUS
SCOPUS
SCOPUS
SCOPUS
ANVUR

INDEXAÇÕES INTERNACIONAIS

SCOPUS
BOC
SCOPUS
SCOPUS
BOC
SCOPUS
DIALNET
SCOPUS
SCOPUS

CREDITAÇÃO NACIONAL

ANVUR

TERMS OF USE

PRIVACY POLICY

COOKIES POLICY

Logo da Fundação para a Ciência e Tecnologia

OBSERVARE 2021 - ALL RIGHTS RESERVED.

Logo da Universidade Autónoma de Lisboa
Logo da Universidade Autónoma de Lisboa
Logo da Universidade Autónoma de Lisboa