Neste texto defende-se a necessidade de “Pôr Portugal no Mapa” num duplo sentido: prospectivo – colocar o país no(s) mapa(s) desejado(s), o que exige visão estratégica e capacidade de acção; e analítico – entender o país que temos a partir do(s) mapa(s) em que se insere, o que pressupõe capacidade de leitura e compreensão da situação actual. Inspirando-nos na visão polimórfica das espacialidades das sociedades e economias contemporâneas defendida por Jessop, Brenner e Jones (2008), propomos a elaboração de um quadro de referência unitário para “pôr Portugal no mapa” a partir da combinação de cinco tipos de elementos: território como localização geográfica; território como unidade de referência do Estado-nação; lugares; escalas geográficas; e redes. A natureza polimórfica das espacialidades que caracterizam, ou deverão caracterizar, o posicionamento de Portugal no Mundo reflecte distintos valores éticos, interesses, preferências e opções, pelo que deve ser alvo de controvérsia baseada em conhecimentos e argumentos teórica e empiricamente sólidos e em objectivos e valores explicitamente identificados.
Doutorado em Geografia pela Universidade de Lisboa. Investigador principal do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Coordenador de projectos e redes de investigação e consultor nos domínios da geografia económica e social, do ordenamento do território e do desenvolvimento local e regional. Coordenador de diversos estudos de avaliação de políticas públicas, para o Governo português e para a Comissão Europeia. Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades no XVII Governo Constitucional.
Resumo
Palavras-chave
Como citar este artigo
Ferrão, João (2010) “Pôr Portugal no Mapa”. JANUS.NET e-journal of International Relations, N.º 1, Outono 2010. Consultado [online] em data da última consulta, http://hdl.handle.net/11144/484
Artigo recebido em 1 Julho, 2010 e aceite para publicação em 1 Setembro, 2010