O PROFESSOR DOUTOR LUIS MOITA era um Homem Superior. Conheci-o bem, ao longo de muitos anos. Personalidade forte e indomável, em contraste com uma humildade, uma empatia e uma solidariedade sem limites. De convicções profundas e bem sedimentadas, tinha da vida e do mundo uma visão criadora de objetivos transformadores, impregnados de humanismo, em que a sedução pela ética e a moralidade foi estrela que o conduziu nos altos voos da investigação, culminada na sua tese de doutoramento “O Sentido Moral da Comunhão Humana”. Foi esse percurso intelectual que o guindou para o ensino de largas gerações de jovens e adultos de todas as idades em que incutia valores, determinação pelo bem, pela convivência entre povos e nações, no seu magistério sobre Relações Internacionais em que se tornou um dos melhores que as Academias conheceram.

Tive a felicidade de trabalhar em gabinete próximo do PROFESSOR LUIS MOITA. O encontro diário, o sorriso afável, o comentário motivador, original e atualizado, constituem recordação inapagável. Pertenci a órgão académico, sempre com a participação do PROFESSOR. As suas intervenções eram aguardadas com curiosidade e interesse. Escusado afirmar que eram sempre determinantes das decisões coletivas.

O PROFESSOR LUIS MOITA não se confinava a instituições. O seu ilimitado ativismo obrigaram-no a sair para o mundo, em todas as dimensões, através da criação de Observatório das Relações Internacionais (OBSERVARE), de Revistas especializadas, de grande exigência científica (JANUS NET), de Congressos Internacionais, de assíduos contatos entre Universidades, nacionais e estrangeiras.

O PROFESSOR LUIS MOITA tem lugar na história; assim o saibam reconhecer.

Armindo Saraiva Matias