− Diplomacia pessoal: Os líderes políticos tornaram-se mais visíveis e centrais na
política externa na última década (Nuswantoro, 2010; Hinnebusch, 2018). Neste
ambiente internacional, a noção de "diplomacia pessoal" traz mais significado à
elaboração de políticas. A diplomacia pessoal pode ser definida como um esforço
diplomático "quando um determinado líder nacional tenta resolver um problema
internacional com base nas suas próprias relações pessoais com – e pela compreensão
de – outros líderes nacionais" (Robertson, 2002:147). Não há dúvida: os líderes
políticos vivem num ambiente social composto por outros líderes políticos de
diferentes países (Dumbrell, 2013). Nesse sentido, as interações pessoais entre líderes
políticos devem ser tidas em conta nas relações internacionais em determinadas
condições estruturais, burocráticas e psicológicas (Ülgül, 2019). Dessa forma, as
ligações pessoais dos líderes e as comunicações com os seus pares desempenham um
papel importante na composição da política externa. Como referido, as ligações e
intensidade entre líderes do sistema internacional são vitais e podem ser intensificadas
através de reuniões presenciais e telefonemas (Hall & Yarhi-Milo, 2012). Esta pode
ser uma força motriz importante para a esfera do poder, em termos do sistema
internacional e da política interna no país do líder.
− Empreendedorismo: De acordo com Schumpeter, um empreendedor é uma pessoa
disposta e capaz de converter uma nova ideia ou invenção numa inovação de sucesso
(1942). Trata-se de uma característica emergente para os líderes políticos. Como foi
abordado, o sistema internacional atribuiu um papel mais multidimensional aos atores
individuais, especialmente aos líderes. Há um interesse crescente em empresários
políticos, indivíduos que mudam a direção e o fluxo da política internacional (Klein et
al., 2010). Consequentemente, espera-se que os líderes empreendedores procurem
políticas inovadoras no sistema internacional. Tendo isto em conta, o
empreendedorismo é uma característica indispensável dos líderes. Existem diferentes
qualidades empresariais, que incluem uma visão, sendo extravertidas, focadas e
decisivas, oportunistas, agradáveis, persistentes, tendo uma perspetiva
caleidoscópica e confiança (Harper, 2006; Obschonka & Fisch, 2018). Os líderes
empreendedores que têm estas qualidades devem liderar o processo de afranquia das
capacidades das sociedades e permitir-lhes identificar e tomar posse de ideias, além
de as perseguir fazendo algo extraordinário e com uma visão comum (Praszkier &
Nowak, 2011). Num mundo em mudança, os líderes devem ter uma estratégia que
contenha componentes empresariais que devam incorporar algumas ideias ou
perspetivas em novas combinações de recursos para lidar com riscos e oportunidades
ao mesmo tempo (Schneider & Teske, 1992).
− Procura de Soluções: As crises são uma parte natural do sistema internacional. No
século XXI, as crises internacionais tornaram-se multifacetadas e interligadas (Ahmed,
2011; Avenell & Dunn, 2016). Devido à natureza das mesmas, elas implicam uma
maior influência do que o esperado, uma vez que os líderes estão no centro da
diplomacia de crise como decisores. Bjola sublinhou que fontes de entropia nas crises
internacionais exigem uma liderança forte (2015). Nesta perspetiva, os líderes,
primeiro, devem definir e analisar a crise desde diferentes aspetos, depois criar um
ambiente viável, criando equipas para se concentrarem em soluções. Isto é, eles
devem vir à mesa com uma solução que procure resoluções capazes de resolver
problemas comuns do panorama geral e procurar soluções de longo prazo no melhor