visando fazer investimentos mútuos e comuns em África na área da energia, pequenas
e médias empresas, tecnologia, serviços de consultoria, banca, água, transportes,
turismo, educação, publicidade, cultura, saúde, meio ambiente, agricultura, pescas etc..
Durante a visita que o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan realizou em 2009,
assinaram-se oito memorandos de entendimento e acordos sobre isenção de vistos,
cooperação na área da e banca, coinvestimento em África e transportes. Além disso,
durante a visita de Mustafa Mohamed Abdul Jalil, Ministro da Justiça do Comité Geral do
Povo Líbio, assinou-se um Acordo de Cooperação Judicial entre a Turquia e a Líbia. Os
dois países acordaram a assinatura de novos acordos, como a prevenção de dupla
tributação e o de parceria económica, a fim de reforçar a cooperação entre ambos.
No que diz respeito à assinatura do acordo de cooperação económica, concluíram-se três
rondas de negociações, tendo-se decidido que a quarta ronda teria lugar em maio de
2010 em Ancara. Além disso, prosseguiram os processos de negociação para acordos de
cooperação em matéria de educação, cultura, ciência, juventude, desporto, pescas,
emprego, imigração ilegal, fundação de uma câmara conjunta de comércio e cooperação
entre os Crescentes Vermelhos dos dois países.
O número total de projetos que as empresas de construção turcas empreenderam na
Líbia no período 2009-2010 foi de 124. Algumas das principais empresas de construção
da Turquia como a Dogus, Guris, Nurol, Metis, Tekfen e Yuksel Insaat operaram na Líbia.
Entre os trabalhos realizados pelas empresas turcas na Líbia no período 2009-2010,
encontram-se 1013 projetos habitacionais na região Al Falah de Trípoli pela Tasyapı, o
Centro Comercial Burj Al Baher, o Projeto Hotel e Habitação pela Summa Líbia e a
construção das linhas do transporte de energia Sirte-Huon pela Mitas.
Além disso, a SEGA Insaat realizou todas as obras de infraestrutura na cidade de Gariat
Sharkiya, o Grupo Cevahir executou a construção do Centro Comercial Benghazi e a
Celtikoglu Insaat empreendeu o Projeto de Construção de Esgotos de Wadi al Mejaneen
em Trípoli. A Teknik Yapı realizou um projeto de habitação luxuoso de 150 biliões de
euros numa área de 50 mil metros quadrados em Trípoli, que foi declarada área de
turismo na Líbia.
O volume de negócios entre os dois países foi de 1,4 biliões de dólares em 2008. Esta
taxa aumentou 57% em 2009 e atingiu 2,2 biliões de dólares. Esperava-se que esse
número subisse para 10 biliões de dólares nos cinco anos seguintes. Antes da revolta,
havia 120 empresas turcas registadas na Líbia durante o período de Kadhafi, trabalhando
em vários projetos de infraestrutura e superestrutura.
Considerando as questões acima mencionadas, verifica-se que durante o governo de
Kadhafi, a Turquia e a Líbia tiveram uma cooperação bastante estreita. Sobre as
insurreições destinadas a derrubar o regime de Kadhafi, que ocorreu como resultado da
Primavera Árabe, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan afirmou que o problema da
Líbia era um problema interno que deveria ser superado pelo próprio país. As boas
relações entre a Turquia e a Líbia permitiam fazer essa declaração. É possível pensar
que, com essa declaração, a Turquia pretendia manter o equilíbrio existente com o
regime de Kadhafi.
No entanto, no seguimento das exigências de França e do Reino Unido para uma
intervenção individual, essa atitude deu lugar a uma tentativa de conseguir uma forma