No capítulo XIII, cujo título é “Guerra”, Wight a define como uma instituição das relações
internacionais. As suas origens estariam nas decisões de governo e, algumas vezes, nas
paixões dos povos, impelidas pelos relacionamentos de poder.
Em “A Expansão das Potências”, capítulo XIV, Wight ressalta que as grandes potências
demonstram ter uma tendência expansionista com maior sucesso. (Wight, 2002:141).
Todavia, a tendência para a expansão também pode ser encontrada na história das
pequenas potências. A expansão das potências seria fruto de duas causas: pressão
interna e fraqueza das potências adjacentes.
No capítulo XV, chamado de “A Configuração do Poder”, o autor se refere aos
alinhamentos de força, a exemplo da OTAN, os quais compõem a configuração de poder.
Para ele, esses organismos são formados sob pressão externa, jamais por força popular.
Já a sua coesão varia conforme a pressão (Wight, 2002:155). De acordo como autor,
nenhum Estado está imune à configuração do poder; porém, uma grande potência tem
ampla liberdade para modificar tal configuração, até mesmo porque exerce influência
sobre o destino de seus vizinhos mais fracos.
No capítulo XVI “O Equilíbrio de Poder”, Martin afirma que, em seu significado original, a
expressão assume a ideia de uma igual distribuição do poder, em um contexto onde
nenhuma potência é tão preponderante a ponto de expor as demais em risco (Wight,
2002: 172). O equilíbrio de poder seria obtido em plena operação toda vez que uma
potência dominante se esforça para obter o domínio da sociedade internacional e de
modo momentâneo, rompe esse equilíbrio (Wight, 2002: 168).
Em “A Compensação”, descrita no capítulo XVII, Wight a define como "um princípio que
rege as relações gerais entre Estados de forças comparáveis" (Wight, 2002: 187). Por
outro lado, afirma que "significa um método de regular o equilíbrio do poder por
intermédio da troca combinada de territórios" (Wight, 2002: 187). Para ele, quando há
só duas partes para a transação a compensação é bilateral, e, quando envolve mais de
duas, é multilateral (Wight, 2002: 187).
No capítulo XVIII, “A Intervenção”, o termo é definido como uma interferência pela força,
o que pode não se configurar como uma declaração iminente de guerra, realizada por
uma ou mais potências, nos negócios de outra potência. A intervenção pode se processar
tanto no nível da política externa de um país, quanto na esfera doméstica.
Para o autor os capítulos XIX (Liga das Nações) e XX (Organização das Nações Unidas)
abordam temáticas não muito significativas. Porém, devido a exacerbada importância
dada a esses temas por alguns estudiosos, ele as aborda de maneira sucinta e clara.
Todavia, não deixa de evidenciar as fraquezas e/ou debilidades de tais organizações.
No capítulo XXI, “A Corrida Armamentista” é definida como o "acúmulo competitivo de
tropas e de armamentos, por meio do qual cada lado tenta conseguir obter uma
vantagem sobre seu vizinho, ou pelo menos tenta não permanecer em desvantagem"
(Wight, 2002:247), que pode acontecer por intermédio de duas ou por muitas potências
rivais; pode ser local ou generalizada.
No capítulo XXII, “O Desarmamento” é tratado do ponto de vista tradicional, e, desta
forma, é visto como a solução contra a corrida armamentista. Em sua definição envolve-
se: a abolição das armas ou a redução da sua quantidade, ou limites sobre seu
crescimento, ou ainda a restrição a determinados tipos ou usos. Wight afirma que, com
certa frequência, "o desarmamento tem sido aceito por uma potência por imposição ou