INTERFACES DA LUSOFONIA: LUSÓFONOS EM REDE NO FACEBOOK
Inês Amaral
inesamaral@gmail.com
Professora Auxiliar na Universidade Autónoma de Lisboa (Portugal), Coordenadora Científica da
Licenciatura em Ciências da Comunicação e do Mestrado em Comunicação Aplicada. Docente do
Instituto Superior Miguel Torga, vice-presidente do Conselho Científico e Coordenadora Científica
da Licenciatura em Multimédia e da Pós-Graduação em Audiovisuais e Multimédia. Doutorada em
Ciências da Comunicação. Ensina na área da Comunicação Digital e tem desenvolvido
investigação sobre sociabilidades nas redes sociais digitais, literacia digital, tecnologias e
envelhecimento ativo, consumos mediáticos na era digital. Participado em projetos internacionais
de investigação como EMEDUS e em diversas ações do COST. É membro da IAMCR, ECREA,
INSNA e SOPCOM e co-fundadora da Associação Portuguesa de Formação e Ensino à Distância.
Silvino Lopes Évora
silvevora@hotmail.com
Professor Auxiliar na Universidade de Cabo Verde (Cabo Verde), coordenador da Licenciatura em
Jornalismo. Doutorado em Ciências da Comunicação, vertente Sociologia da Comunicação e da
Informação com a menção de Doutoramento Europeu. Presidente da Associação Cabo-Verdiana
de Ciências da Comunicação. Investiga sobre concentração dos media, liberdade de imprensa,
lusofonia e políticas da comunicação. Ganhou o Grande Prémio Cidade Velha com a tese de
doutoramento (Ministério da Cultura de Cabo Verde) e o Prémio Orlando Pantera com um Ensaio
Sobre a Liberdade na África Ocidental. Aprovado no Concurso do Gabinete para a Comunicação
Social para publicação da tese de Mestrado e no concurso da WAF Editora para publicar um livro
de poemas. Bolseiro de Doutoramento (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), de Mestrado
(Fundação Calouste Gulbenkian) e de Licenciatura (Governo de Cabo Verde).
Resumo
O presente artigo assume o novo cenário digital, postulado na teoria da sociedade em rede
defendida por Castells (2000), enquanto quadro contextual. Assumindo que o virtual existe e
produz efeitos (Lévy, 2001), consideramos que assistimos a uma alteração de paradigma
sócio comunicacional. Se do ponto de vista da Comunicação estamos perante a
individualização, é evidente a mudança de paradigma social. A nova perspetiva incutida pelas
ferramentas digitais é a sociabilização e a maximização do coletivo. Neste artigo, partimos do
pressuposto de que os laços relacionais nas redes sociais assimétricas (que não implicam
reciprocidade entre os nós) que se efetivam em plataformas de sociais media é o conteúdo.
Neste sentido, e assumindo uma perspetiva multidisciplinar, consideramos que a apropriação
da técnica evidencia um mapeamento de estruturas que são mediadas tecnicamente e
interações potenciadas pela tecnologia. Apresentamos um estudo empírico que se baseia
numa triangulação metodológica, cruzando análise documental com netnografia. Analisando
grupos e páginas do Facebook como suportes onde a comunicação é recontextualizada pela
distribuição de forma desagregada e por diferentes tipos de interações, objetivamos
categorizar e compreender as representações sociais da Lusofonia. O objetivo central deste
trabalho é analisar se o Facebook, enquanto espaço de interações digitalmente mediadas e a
partilha desagregada de conteúdo, podem induzir uma reconstrução das redes de significância
e representações sociais da Lusofonia, potenciando a criação de um grupo social único, ou
pelo menos de um agrupamento dotado de alguma homogeneidade.
Palavras-chave
Lusofonia; ciberespaço; redes sociais; representações sociais; interação social
Como citar este artigo
Amaral, Inês; Évora, Silvino (2016). "Interfaces da lusofonia: Lusófonos em rede no
Facebook". JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 7, N.º 2, Novembro 2016-
Abril 2017. Consultado [online] em data da última consulta,
observare.autonoma.pt/janus.net/pt_vol7_n2_art7 (http://hdl.handle.net/11144/2786)
Artigo recebido em 18 de Dezembro de 2015 e aceite para publicação em 15 de Junho de
2016