COMPREENDER A LIDERANÇA DE ERDOGAN NA EQUAÇÃO POLÍTICA DA ‘NOVA TURQUIA’

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fsantosraquel@gmail.com

Técnica Superior de Ensino. Doutoranda em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade do Minho (Portugal), Mestre em Ciência Política (Universidade do Minho), com a dissertação “Do Kemalismo ao Neo-otomanismo: o desenvolvimento político e a «Nova Turquia» de Recep Tayyip Erdogan (2003-2014)». Licenciada em Ciências da Comunicação com especialização na área de Jornalismo e Assessoria (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Certificado de Competências Pedagógicas, foi Consultora estagiária no Departamento de Comunicação da Câmara Municipal de Barcelos e foi aluna do programa Erasmus em Istambul, na Turquia, na Universidade de Bahcesehir. Trabalha o sistema político turco e a influência de Recep Tayyip Erdogan no país. Participou no III Congresso Internacional OBSERVARE.

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isabelestrada@eeg.uminho.pt

Professora de Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade do Minho (Portugal). Doutora em Sociologia (Universidade de Warwick, Reino Unido), Mestre em Sociologia (Universidade de Coimbra) e licenciada em Relações Internacionais (Universidade do Minho). Diretora do Programa de Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais e do Programa de Licenciatura em Ciência Política da Universidade do Minho. Membro do Centro de Investigação em Ciência Política, FCT R&D Unit. Trabalha na interseção da política com a sociologia, sobre inclusão política, formas de participação e estruturas de oportunidade política dos imigrantes e cidadãos de origem migrante. Tem publicado sobre cidadania e inclusão política de imigrantes, como autora e editora de livros, em capítulos, documentos de trabalho, relatórios científicos e artigos científicos. As suas publicações incluem artigos em revistas como o Journal of Ethnic and Racial Studies, Brazilian Journal of International Relations; Diversities; Sociologia, Problemas e Práticas, Portuguese Journal of Social Science e European Journal of Social Theory.

Resumo

Em 2001, o surgimento do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) na Turquia fez prever a emergência de uma via moderada entre a ala kemalista e a ala islâmica. Após um primeiro mandato centrado na diplomacia com o exterior, Erdogan e o partido viram as suas políticas ganhar internamente um amplo apoio social, reforçando a sua posição em áreas de confronto ideológico e religioso com a oposição secular. Erdogan, entretanto eleito Presidente da República em 2014, tem conduzido a Turquia por uma rota cada vez mais conservadora do ponto de vista dos valores sociais, e menos democrática do ponto de vista da linguagem política do Estado. Se Erdogan revela uma conceção de Estado que se afasta dos valores democráticos e do ideal da Turquia laica de Ataturk, ao mesmo tempo que se centra numa leitura islâmica-conservadora da sociedade e numa conceção autoritária do poder político, o que explica e estimula esta estratégia? Este artigo alicerça-se na premissa de que perceber a ‘Nova Turquia’ implica atendermos ao estilo de liderança de Erdogan, mesmo que este não esgote todas as variáveis explicativas. A partir desta premissa, é nosso objetivo identificar e explicar os fatores internos (associados desde logo à estrutura dualista entre o centro e a periferia da Turquia) que, a par das variáveis individuais de Erdogan (como a solidariedade islâmica e as tendências autoritárias), o colocaram no centro da tomada de decisões na Turquia.

In 2001, the rise of the Justice and Development Party (AKP) in Turkey led to the emergence of a moderate path between Kemalist and Islamic wings. After a first term focused on foreign diplomacy, Erdogan and the party saw their policies gaining broad social support internally, reinforcing their stance in areas of ideological and religious confrontation with secular opposition. Erdogan, although elected president in 2014, has led Turkey on an increasingly conservative route from the standpoint of social values, and less democratic regarding the political language of the state. If Erdogan reveals a conception of state that departs from the democratic values and the ideal of Ataturk’s secular Turkey, and, at the same time, focuses on an Islamic-conservative perspective of society and an authoritarian conception of political power, what explains and stimulates this strategy? This article is based on the premise that perceiving "New Turkey" implies understanding Erdogan’s leadership style, even if it does not exhaust all explanatory variables. From this premise, the goal is to identify and explain internal factors – associated first and foremost with the dualist structure between Turkey’s centre and periphery) – that, along with Erdogan’s individual variables, such as Islamic solidarity and authoritarian tendencies) – put him at the centre of decision-making in Turkey.

Palavras-chave

Como citar este artigo

Fernandes, Raquel Santos; Carvalhais, Isabel Estrada (2018). “Compreender a liderança de Erdogan na equação política da ‘Nova Turquia’”. JANUS.NET e-journal of International Relations, Vol. 9, Nº. 1, Maio-Outubro 2018. Consultado [online] data da última consulta, DOI: https://doi.org/10.26619/1647-7251.9.1.6

Artigo recebido em 30 Outubro, 2017 e aceite para publicação em 5 Janeiro, 2018

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e-ISSN: 1647-7251

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